Ele voa,
ele rema, ele cai e naufraga, ele é madrugada, mas é dia e é praia e desbrava.
Encara os céus, as cores, encara a minha cabeça, ele se perde quando eu me
encontro. Eu peço um pouco, ou um tanto, de cuidado aqui do lado, mas ele é
rápido, ele é a jato, ele me olha querendo ouvir e ele fala querendo saber. Ele
não sabe de todas as invenções do mundo moderno, ele não pensa em ET, TV,
clichê, ele é o que se vê. E é do Rio e também do mundo, ele é seguro e é
inseguro, ele é um muro que não se escala, e se cala quando sorri, ele é um
porto pra ser feliz, é Mac and Cheese, é assim. Embaralhado e tem bagagem, e páginas
em branco que ficam nas costas, prontas para serem escritas com palavras secretas e letras tortas. Ele é mais de
trinta, é serigrafia, é onda, vento e pipa. É Otto, moto e Los Sebosos. Ele é
interessante, incessante, ele veleja, ele se entrega e me leva, eu não sei, ele
também, eu aposto, ele é de proa, eu recosto, ele me embroma, eu sou do chão e ele
voa.
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