Eu nem sei
se eu gosto de você, mas eu gosto da mensagem que você me trouxe embolada na
sua barba.
Porque você
se apresentou e me desamarrou e pegou meu telefone e se interessou.
Bem na hora
em que eu achava que isso seria praticamente impossível.
Eu achava
que ficaria pelos cantos, juntando qualquer pedaço de assunto sem interesse
para me distrair.
Porque eu
achava que todos os caras legais já estariam devidamente acompanhados. E eu
tinha sobrado.
Aí você me
mandou uma mensagem logo na segunda-feira. Eu achei incrível.
Marquei,
furei, remarquei, furei de novo e você insistiu – saímos no domingo.
A sua
insistência foi uma das linhas da mensagem que você me trouxe, embolada na sua
barba.
Porque há
tempos eu não me sentia insistida e, de repente, lembrei como era bom.
Depois de
domingo, eu tinha certeza que já havia cagado tudo até que você apareceu na
quarta-feira de novo.
Porque eu
até consigo ser uma menina descolada quando estou preenchida com cerveja.
Mas entrar
no carro, dar um beijinho e conversar aleatoriedades bebericando um drinque
importado é ainda muito difícil.
E eu sou
desajeitada, espontânea demais e esporrenta.
Seus olhos
azuis, que você classifica como azul-esverdeado, me assistiam com atenção.
E aí vem
mais um verso da sua mensagem: eu sou assistida.
Você
apareceu me mostrando que meu jeito sem-jeito havia sido aprovado.
E saímos as
sexta seguinte.
E eu fui
novamente do único jeito que eu sei ser – agora, depois de ser de tantos outros
jeitos, eu só consigo ser do meu.
Eu vou
falar aqui, baixinho, que acordei no sábado com o coração acelerado.
Desconfiada
das últimas palavras da mensagem que você me trouxe embolada na sua barba.
Que me
diziam que eu posso acordar com o coração acelerado por causa de alguém.
De alguém incrível,
que se coloca disponível, e me insiste, e me assiste e me aprova.
E me deixa
esperando ansiosa pelas próximas.
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