quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Feliz meu ano novo

2013 chegou e começou e eu não senti nada.

O tempo faz a gente perder a magia das coisas. Foi o meu vigésimo nono réveillon e é claro que uma hora isso entra na rotina.
Além disso, a maturidade chega e ensina que todos os clichês são verdadeiros. Então, descubro que o ano novo está em mim e não na ditadura do calendário gregoriano que nos obriga a ter a euforia histérica do 31.
Porque na verdade, o meu ano novo chegou ao longo de 2012. Bem devagar, veio vindo a minha própria meia-noite, o rompimento da minha madrugada individual e a chegada de um dia diferente. Com linhas novinhas para serem escritas e páginas ocultas para serem devoradas.
A noite de réveillon convencional veio para trazer pessoas queridas vestidas de branco – o que é realmente muito especial.
Também aproveitei para abraços e desejos sociais, bem gostosos, mas diferentes dos meus íntimos.
E não me emocionei.
2013 não chegou para mim naquela meia-noite.
Depois de uma longa caminhada, fui eu que cheguei em 2013.

E foi ele que me gritou: feliz ano novo.
Eu só respondi: obrigada.