E se o mundo nunca resolver ser exatamente aquilo que você espera?
Simplesmente porque você é o cocô do cavalo do bandido no meio dessa multidão.
E o que você espera, ou deseja, ou invoca, não tem a menor importância.
E se não houver a ponte mágica que leva você ao paraíso eterno de cisnes?
Porque é só atravessar o oceano para ver que lá ninguém acredita nessa ponte – acreditam em paraíso com 30 virgens ou paraíso vegetariano, sei lá. E não é porque você escolheu a ponte como sua crença que vai ser um dos poucos a estarem certos.
E se os seus valores, o seu caráter folhado a ouro e a sua solidariedade divina não significarem nada para o resultado final? Porque são enfeites de uma hipocrisia viciante que nos dá o confortável alívio de nos acharmos corretos e éticos o tempo todo.
E ninguém é correto e ético o tempo todo.
E se você passar a sua vida sem se jogar, esperando a salvação sagrada, e no fim das contas descobrir que tudo isso não vale nem o pão francês da padaria? Porque se a vida é sua e ninguém tem nada a ver com isso, não vai ser a salvação sagrada que vai se interessar. Acredite: você é mais um fruto do que é cotidiano, normal e esperado.
Não tem holofote para ninguém. Nem lugar marcado, nem pessoa certa. Ninguém é escolhido. Para de se achar especial e encara logo a crise da efemeridade da vida.
Viva! Vamos tomar um porre e comemorar!
2 comentários:
gostei de ler isso' ;]
Ah, o pão francês da padaria!
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