quarta-feira, 16 de novembro de 2011
À la Hamlet
Eu posso ser o que você quiser.
Posso ser a tela de descanso do computador ou o estrondo inesperado da madrugada. Posso ser sua amiga, sua ama, sua amante. Seu sorriso que faltou e o amargo que sobrou. Tanto faz. Posso ser madura, dura, duas, dez.
E também posso ser 'o seu sacrifício, a placa de contra-mão, o sangue no olhar do vampiro e as juras de maldição.'
Posso virar o seu cinema, ou a sua cerveja, posso ser cada gole! Cada Engov, cada shot...
Pode me pedir para ser sua janela, que mostra um mundo bipolar de 9 cores. Ou a sua espera, que nunca termina. Posso ser sua estrela, sua esposa, sua pose preferida.
Eu posso ser sua rendição, seu alívio, seu martírio e sua salvação.
Vem cá. Vem descobrir essas várias de mim. Vem se perder no meu labirinto secreto e descobrir minhas mais íntimas mentiras.
Me pede, me perde, me implora, me gosta, vem cá. Sem regra, sem merda... Quem você quiser, eu posso ser. Eu só não posso não ser.
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