Big Marido Brasil

E, mais uma vez, as donas-de-casa brasileiras mostram todo o seu preconceito e eliminam a tal da transexual do Big Brother Brasil. Porque afinal, é Big Brother. Brother! – não é sister, nem trans, então vaza!
Vamos acabar com as invenções e entender de uma vez: não ganham mulheres gostosas, não ganham gays desmunhecados, não ganham transexuais.
Porque quem gosta de dar, dançar, se rebolar são vadias! Mulher que é mulher só cozinha-lava-passa. Além do mais, essas bundudas representam sérias ameaças à dona-de-casa gordinha de bob no cabelo, que se esparrama ao lado de um marido que, quando existe, a troca facilmente pelas nádegas digitalizadas na tela da TV. Tira a mulher gostosona! Vamos votar nela – devem decidir na reunião de condomínio.
Seus filhos, todos machíssimos com roupa lavada e cama feita, eles sim podem olhar as gostosas do Big Brother. Eles não votam mesmo e, afinal de contas, são muito homens e muito jovens! Cheios de necessidades sexuais naturais de homens e, sejamos francas: antes a mulherada da televisão do que uma namorada dentro de casa!

As donas-de casa votam muito nesse programinha. Mas lembrem-se: não em mulheres bonitas. E nem em gays... São mal exemplo à sociedade, ao seus filhos machíssimos, aos seus maridos que não as comem há meses – será que ele é gay, meu jesus?
Elas só votam em homens. E decidem em toda a edição quem seria o Big Marido, ou melhor, Big Brother da vez... Elas votam em homens que queriam para elas, ao invés do barrigudo que só reclama da comida e da mal comida da noite passada. Porque donas-de-casa só votam. Não trepam, não gozam, não gemem, só votam. E execram as mulheres gostosas e os gays.
Ontem, no paredão composto por uma mulher, um gay e uma mulher-gay, não teve pra ninguém!

Ao gay que restou, melhor abrir o olho e agradecer à trans lá... não fosse ela, era você que rodava – já que a outra mulher, nem gostosa era.