Dizem que os frios não sabem amar.
Dizem que são apáticos, antipáticos, estáticos.
Ninguém se diz ser um deles. Menos ainda nessa cidade, onde nada pode ser frio, ou sequer morno. A onda é ser quente, caliente, tudo decorado de ‘viva intensamente’.
Dizem que a frieza é cruel, insegura, não segura.
Diz-se muito.
Quem somos nós, quentes de uma figa, para julgar tanto assim?
E estabelecer parâmetros de graus de calor para os sentimentos alheios...
Não há no mundo frieza maior do que esta.
E eu que me disse quente. Julgando, mandando e desmandando.
Estabeleci regras para o calor. Me julguei esperta, certa.
Experiente, quente.
E sofri.
Sofria, sofria, sofria, sou fria.
2 comentários:
Odeio verões mas adoro gente suada.
E aí? Q se faz?
Adoro temperaturas, TODAS.
Adoro o desconforto das dúvidas, as inquietudes internas, os conflitos, os poréns, e por aí vai...
Veja pelo lado positivo: a auto-permissão de ser seu próprio termômetro.
De resto, mafungos.
Ganhou mais um fã, hein!?
Faço jus a essa amizade aí.
Bjos
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